quarta-feira, 29 de março de 2017

Temperatura ideal para degustar sua cerveja

A temperatura de uma cerveja, sem dúvida nenhuma, influencia a experiência de degustação, já que ela pode alterar o bom funcionamento dos receptores gustativos da língua. Temperaturas baixas permitem que cervejas fracas como as Pale Lagers sejam apreciadas por seu frescor, enquanto temperaturas mais quentes permitem que os sabores e aromas mais complexos de uma Ale sejam percebidos.

Existe, portanto, uma regra errada de que a melhor cerveja é sempre a mais gelada. Se estivermos falando sempre das Pilsen, as mais populares no Brasil, estaremos quase certos, mas não absolutamente, já que há um limite de resfriamento. E se você quer realmente começar a conhecer outros tipos de cervejas, deverá atentar para este assunto de temperaturas.
Muito gelada (de 0 a 4°C): Pale Lagers, cervejas sem álcool e qualquer cerveja que tenha o objetivo de refrescar e não muito a de ser degustada, provavelmente pela qualidade duvidosa
Bem gelada (de 5 a 7°C): cervejas de trigo claras, Lambics de fruta e Gueuzes.
Gelada (de 8 a 12°C): para Lagers Escuras, Pale Ale, Amber Ale, cervejas de trigo escuras, Porter, Helles, Vienna, Tripel e Bock tradicionoal.
Temperatura de adega (de 13 a 15°C): para as Ale quadrupel, Strong Ales Escuras, as Stout e a maioria das cervejas especiais Belgas, incluindo as Trapistas. As Bocks mais fortes como a Eisbock e a Doppelbock.
Você deve notar que as cervejas mais claras e suaves normalmente são servidas mais geladas, enquanto as mais escuras e mais fortes devem ser servidas a temperaturas maiores. Obviamente isso não é uma regra, bem como as escalas apresentadas acima, porém são uma boa orientação, que pode ser seguida ou não, dependendo do gosto de quem bebe, do local de consumo e da proposta do momento.
Como dica para não errar muito, sugerimos servir sempre entre 4 e 10°C e perceber, ao longo do consumo, o ponto ideal de cada uma, observando variações de aroma e sabor. Até porque, sejamos sinceros, num calor de 30 graus é difícil beber algo com temperatura acima disso.
DICA: Se estiver em dúvida sobre a temperatura ideal da cerveja, seja por não saber o estilo ou não lembrar a tabela acima, guie-se pelo percentual de álcool. Em muitos casos a temperatura ideal estará em até +3°C do percentual alcoólico. Desconsidere a dica para as pale lagers que bebemos muito geladas.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Lombo de porco na cerveja

Se tem uma carne que faz sucesso nos almoços de domingo é o lombo suíno.

Experimente prepará-lo regado na cerveja!



Ingredientes:
2 dentes de alho 
1 lata de Cerveja 
1 xícara (chá) de suco de laranja 
1 cebola 
4 cravo-da-índia (ou cravinho) 
2 folhas de louro
 1,5 kg de lombo suíno (uma peça)
 4 colheres (sopa) de manteiga
 • sal a gosto 
• pimenta-do-reino a gosto
Modo de preparo:
Pique os dentes de alho e coloque em uma tigela.
Junte a cerveja, o suco de laranja, a cebola espetada com os cravos e o louro.
Esfregue o lombo com sal e pimenta e coloque-o de molho no líquido da tigela.
Cubra e leve à geladeira por, no mínimo, 12 horas.
Aqueça o forno em temperatura média (170 ºC a 190 ºC).
Retire o lombo do tempero e seque-o com papel-toalha.
Espalhe a manteiga sobre ele e transfira a carne e a marinada para uma forma até atingir 1 centímetro da altura da forma.
Cubra com papel-alumínio e leve ao forno por 1 hora, regando constantemente com o molho.
Tire o papel-alumínio e asse por mais 30 minutos ou até dourar.
Retire o lombo do forno, corte-o em fatias e reserve.
Transfira a cebola e o molho que se formou na assadeira para uma panela e ferva por 5 minutos até reduzir de volume e engrossar.
Descarte os cravos e pique a cebola.
Bata tudo no liquidificador e coe em uma peneira.
Acerte o sal e a pimenta.
Sirva com a carne.


segunda-feira, 13 de março de 2017

Cervejas Excêntricas

Que tal cervejas difíceis de encontrar em qualquer outra época do ano? E estilos quase em vias de extinção, apenas com três ou quatro marcas ainda disponíveis? Muitos outros exemplos existiriam para lhe explicarmos o porquê de considerarmos os tipos de cerveja abaixo listados como excêntricas.
 O único conselho que lhe deixamos é o de manter o espírito aberto ao experimentar qualquer um destes estilos. Poderá vir a beber cervejas com sabor a cereja, hortelã-pimenta ou até chocolate.

Barley Wine
Apesar do nome, a Barley Wine é uma autêntica cerveja, forte e intensa. De facto, faz parte dos estilos de cerveja mais fortes. Viva e frutada, por vezes doce, por vezes ácida, é, no entanto, sempre altamente alcoólica. Uma cerveja com esta força e complexidade pode ser um desafio para o palato. A sua cor varia entre o âmbar e o castanho escuro, sendo que os aromas vão desde o frutado até ao carácter acentuado do lúpulo. É uma cerveja espessa, onde o álcool é facilmente perceptível, apesar dos sabores a fruta, resina ou lúpulo que o acompanham. Apresenta um volume alcoólico entre 7% e 12%. As variedades inglesas de Barley Wine são bem diferentes das americanas, já que estas últimas costumam ter um sabor mais marcado a lúpulo (por vezes em demasia!), sendo que as inglesas apresentam um melhor equilíbrio entre malte e lúpulo. A maior parte das Barley Wine podem ser conservadas e envelhecidas, como se de um bom vinho se tratassem. 
A experimentar: AleSmith Barrel Aged Old Numbskull; Victory Old Horizontal; Dogfish Head Olde School Barleywine. 

Bière de Garde 

Bière de Garde ou cerveja para guardar, é um estilo pouco comum, sendo que em Portugal é mesmo inexistente. A sua cor varia entre o amarelo dourado e o castanho-claro, possuindo um aroma maltado e um sabor ligeiramente doce e caramelizado também devido ao malte, com alguns exemplares a apresentarem alguma acidez devido à presença do lúpulo. A presença do álcool é evidente, havendo a possibilidade de se encontrar alguns sabores a fruta. O volume alcoólico varia entre 6% e 8% e é uma cerveja que melhora com a idade.
 A experimentar: Southampton Bière de Garde (French Country Christmas Ale); Jolly Pumpkin Bière de Mars; Dupont La Bière de Beloeil.

Bitter 
As Bitter surgiram como uma reação das cervejeiras à proliferação de produtos sem personalidade e meramente comerciais. Na sua maioria, possuem uma cor que pode ir do amarelo-dourado até ao âmbar, pouco gás e um forte sabor azedo. Curiosamente, esta última característica não lhe é transmitida pelo lúpulo, que não é muito intenso neste tipo de cervejas. O aroma é algo frutado, bem como o sabor, sendo que o volume de álcool costuma ser baixo (entre 3% e 5%) e pouco perceptível. São excelentes para acompanhar bifes e marisco.
 A experimentar: Oakham Raucous Reindeer; Dark Star Golden Gate; Coniston Bluebird Bitter. 

Black & Tan 
 Este termo aplica-se a produtos em que a cervejeira misturou, antes do engarrafamento, uma ale escura com uma ale mais clara ou mesmo com uma lager, algo que aqui em Portugal se designa por uma mista. Por esta breve explicação nós apercebemos que não se trata de um estilo clássico ou convencional. Foi, antes sim, o fruto da busca incessante das cervejeiras por criar produtos modernos e que estejam de acordo com as novas tendências, verificadas nos cafés e bares onde é habitual as pessoas pedirem para misturar uma cerveja clara com uma cerveja mais escura.
 A experimentar: Saranac Black & Tan; Mississippi Mud Black & Tan; Berkshire Shabadoo Black and Tan.


Chile Beer 
 As Chile Beer é outro estilo moderno e em franca expansão. Podem ser ales ou lagers às quais foi adicionado um elemento picante, proveniente de pimentas ou malaguetas. O mais comum é esse picante ser fornecido pelos jalapenos, ingrediente muito utilizado na cozinha mexicana. Apesar de divertidas, é raro encontrarmos um resultado final que seja satisfatório, isto se pensarmos em termos de qualidade da cerveja.
 A experimentar: Rogue Chipotle Ale; Winkoop Patt's Chile Beer; Rock Bottom Cinco de Mayo.         
  

Flemish Sour Ale 
Este é um estilo muito peculiar é habitual encontrá-las extremamente bem classificadas em livros e sites que se dedicam à avaliação de cervejas. Todavia, o seu sabor ácido e, em geral, avinagrado.
Podem variar entre o vermelho e o castanho, com álcool entre os 4% e os 8%, sendo que o seu forte sabor a vinagre e fruta lhes é conferido por um fermento especial. São cervejas bastante complexas, produzidas segundo métodos muito antigos, estagiam algum tempo em cascos de carvalho e o resultado final é, habitualmente, o resultado da mistura de cervejas novas com outras mais antigas.
 A experimentar: Panil Barriquée; Rodenbach Grand Cru; Liefmans Goudenband.

Fruit Beer 
 Esta designação aplica-se quer a ales, quer a lagers, desde que sejam feitas a partir de fruta. A cor, aroma, sabor e outras características variam muito, pois dependem da fruta que é utilizada na sua confecção. Em comum, tem o fato de serem cervejas com baixo volume alcoólico e que devem ser servidas muito frias (e preferencialmente no Verão), já que têm tendência de se tornarem algo doce. 
A experimentar: New Glarus Belgian Red; Chapeau Mirabelle; Floris Ninkeberry.


sexta-feira, 3 de março de 2017

Coxão mole na cerveja

Você vai adorar essa receita!


Anote a dica para o coxão mole ficar bem macia: Deixe cozinhar na cerveja como molho de tomate. 

Ingredientes:

- 1,5 kg de coxão duro (1 peça) 
- 3 colheres (sopa) de óleo 
- 2 dentes de alho picados 
- 1 cebola média picada 
- 2 folhas de louro 500 molho de tomate
-  1 lata de Cerveja 300 gramas de vagem lavada 
- 2 colheres (sopa) de manteiga 
- 1 colher (sopa) de azeite de oliva 
- sal a gosto 
- pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo:

Tempere a carne com o sal e a pimenta.
Na panela de pressão, aqueça o óleo, junte o alho, a cebola, o louro e doure a carne de todos os lados.
Junte o molho de tomate, a cerveja e tampe a panela.
Coloque no fogo alto (200 ºC a 220 ºC) e, quando começar a pressão, cozinhe no fogo brando por aproximadamente 30 minutos.
Retire a pressão.
Se necessário, volte a cozinhar por mais 10 minutos.
Deixe sair a pressão e abra com cuidado a panela.
Afervente a vagem na água com sal.
Escorra a corte ao meio.
Em uma frigideira, aqueça a manteiga, o azeite e refogue a vagem por 3 minutos.
Sirva a carne fatiada com a vagem.